terça-feira, 10 de junho de 2014

Cadernos do Subterrâneo - Dostoiévski

O livro está dividido em duas partes, a primeira é “O Subterrâneo”:
 ü O narrador (nome desconhecido) dialoga com o leitor e este responde
ü Expõe os seus problemas, da sociedade em redor, …
ü É extremamente critico e usa simultaneamente uma linguagem cuidada e literária e uma linguagem rude com expressões populares
ü Considera-se um homem malvado, desonesto e está enraivecido. Principalmente por achar que não o é e esteve a mentir este tempo todo.
ü Sente-se deslocado em relação à época e às pessoas com quem “convive”
ü Também não possui Amor-Próprio, pois sempre se sentiu superior intelectualmente em relação aos outros. No entanto, nada pode fazer para mudar.
ü Somos invejosos e procuramos sempre ajustes de contas, porque somos rancorosos.
ü Somos também inúteis e isso é humilhante. Sentimo-nos prostrados e insignificantes perante a natureza.
ü Não possui respeito pelos outros e quer que eles sintam a sua dor.
ü Via na vingança uma forma de justiça e sentia-se injustamente culpado.
ü Ligamos muito à nossa vontade e estudamos com rigor os efeitos que podem advir das nossas vontades. Tornámo-nos mais sensatos com a evolução. Pois a vontade humana é estupida e implica a vontade.
ü Determinismo. Vivemos segundo leis da natureza e somos condicionados. No entanto quer ser livre, individual e escapar à uniformização.
ü Duvida se acabou de expressar a sua verdade ou não.
ü 40 Anos de subterrâneo e solidão obrigam-no a escrever para si, mas “fala” com os leitores, pois sente que é mais fácil.


A segunda parte chama-se “Por motivo da neve húmida”:
 ü Conta-nos episódios que ocorreram na sua vida enquanto jovem.
ü Estilo mais próximo de um romance, sente-se como uma personagem dos livros que ele próprio lê.
ü Toma prazer em humilhar e em ser humilhado, daí levar tudo aos extremos, o mais pequeno “insulto”, desencadeia uma imensa vontade de revolta e vingança.
ü Homem que não se sente bem em viver em sociedade nem sente que é capaz de se enquadrar nem que quisesse.
ü Sente um ódio particular pela humanidade e repele todos aqueles que alguma vez tentaram aproximar-se dele. Incluindo a mulher que se julga incapaz de amar devido ao sentido único e deprimente que atribui ao Amor (dominar e subjugar alguém). A sua própria arrogância o acaba por prejudicar.
ü Sente-se “feliz” por ser solitário, na verdade não sabemos se realmente o deseja,
ü Representa a nossa constante insatisfação para com nós próprios, o nosso medo de inadaptação.

 ü Obra intemporal, pois, apesar de ter sido escrito no séc. XIX, continua a ser atual.