Eutanásia
A eutanásia
é uma medida levada a cabo por um responsável médico que permite que um doente
com uma doença terminal ou em estado vegetativo irreversível, não receba tratamento médico, ou seja mesmo
induzida a sua morte. A legalidade deste ato é muito discutida e este é um tema
muito controverso, pois está em causa o valor da Vida Humana.
Porém,
estará certo existir uma proibição legal, no que toca ao direito de escolha da
pessoa, em relação à sua própria vida?
Cada
individúo dá o respetivo valor à sua vida, e tem liberdade para decidir o que
fazer com a mesma (isto é, até que tal interfira com a liberdade de outros). Estando
uma pessoa em sofrimento permanente e prolongado, não será admissível que a
mesma possa escolher um destino mais confortável e digno para si ? Alguém com
uma doença terminal, ou em estado vegetativo irreversível, internado num quarto
de hospital , vivendo um dia após o outro, apenas estando à espera da morte, é
considerado viver? É considerado, sequer, Humano?
Se um
individúo, no pleno uso das suas faculdades mentais, manifestar de forma clara
e inequívoca o desejo de pôr fim à sua própria vida, num local seguro, de uma
forma segura e indolor, acompanhado por profissionais de saúde e familiares,
porque não pode optar por esse destino? Acontece que este procedimento, apenas está descriminalizado em dez Estados no mundo inteiro. Na Alemanha, Suíça, França, Bélgica,Holanda, Suécia, Luxemburgo, Áustria, Israel e Uruguai é legitimo uma
pessoa decidir se prossegue ou não com a sua vida, nos casos citados acima.
A proibição da eutanásia não invalida nem impede o suicídio. Até o incentiva de
certa forma. Aquele que, vivendo com profunda dor e sofrimento, se vê impedido
de pôr termo à sua vida de uma forma indolor e mais “pacifica” , não optará o
mesmo por fazê-lo de outra maneira?
Não será a
proibição da Eutanásia, equiparável à tortura? Pois se alguém que viva numa
extrema agonia, dor e sofrimento permanentes, e não lhe for permitido pôr fim
às mesmas, não será uma certa forma de tortura?
Perante
isto, conclui-se que seria aconselhável, senão mesmo, necessário uma alteração
da legislação vigente, no que toca à eutanásia. Algo que para muitos é
indiferente, mas que para poucos faz uma diferença tremenda no que toca à sua
honra e dignidade.
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