Texto Argumentativo – A adoção homossexual
Em Portugal, um país que se intitula democrático,
existem desigualdades perante a lei. Exemplo disso, é o facto dos direitos dos
homossexuais não serem os mesmos que os dos heterossexuais.
A adopção de uma criança é permitida para os heterossexuais
e não para os homossexuais. Assim irei defender a tese que os homossexuais têm os
mesmos direito que os heterossexuais, isso inclui o direito a adoptar crianças.
Em primeiro lugar, de acordo com o artigo 13 da
Constituição Portuguesa, ninguém tem mais direitos perante a lei, por ser de
uma raça diferente ou por ter outra orientação sexual. Isto prova que o nosso
país não cumpre a sua constituição.
Não será preferível uma criança ser adoptada por pais
homossexuais, que lhe ofereçam amor e carinho do que ficar numa instituição onde
não têm a atenção e o amor que merecem (já que a quantidade de crianças adoptáveis
é bastante elevada)?
Os homossexuais deviam ter o direito a adoptar uma
criança visto que, a meu ver, não iria trazer nenhuns problemas, pois permitindo-lhes
a adopção não só torna as gerações futuras menos homofóbicas como também
permitem que crianças e homossexuais sejam felizes.
Os homossexuais já são vítimas de tantas injustiças, porque
não terem o direito de, apesar da sua orientação sexual, poderem educar e dar
amor a uma criança, de constituírem uma família?
De certo, uma criança não se irá questionar sobre se
tem dois pais ou duas mães, dado que o que ela quer é ter uma família que lhe
dê amor e carinho.
Há quem defenda que essas crianças vão ser
descriminadas na escola.
Relativamente a isto, eu diria que não existem
soluções perfeitas, a sociedade é constituída por pessoas, e como tal, somos
confrontados com diferentes atitudes comportamentais. Sou da opinião, de que
devemos correr o risco. Acima de tudo, o mais importante é a criança ter uma
família e ser amada.
Um dos problemas mais controversos da adopção é a
probabilidade de as crianças poderem vir a ser homossexuais. Defendo que, a
criança não vai decidir a sua orientação sexual em função da dos pais adoptivos
porque é uma escolha livre e pessoal independentemente daquilo que vêem no seio
familiar.
Na ausência de
modelos quer masculinos quer femininos, a criança elege um modelo do sexo em
falta. O exemplo da criança que fica sem pai e começa a viver só com a mãe,
neste caso esta criança irá buscar o modelo masculino a outro membro da família
ou da sociedade com que convive diariamente.
O Estado gasta todos os anos milhões de euros com as
crianças internadas em instituições. Se a adopção homossexual fosse permitida,
este custo seria bastante reduzido, seria certamente uma medida aplaudida nos
dias que correm.
Os homossexuais
são cidadãos, cumprem da mesma forma os seus deveres como tal, pelo que devem
ter os mesmos direitos que os heterossexuais e no caso o direito de adoptar
crianças.
Em conclusão, um casal homossexual será capaz de
garantir a uma criança um ambiente familiar, harmonioso e afectivo, indispensável
ao seu desenvolvimento equilibrado como ser humano.
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