“Como eu sinto falta daquela paixão de
quando namorávamos, ai que ricos eram esses tempos! Agora... a nossa relação
caiu na monotonia e o amor foi-se desgastando, já nem diria que há relação mas
sim dois estranhos que vivem na mesma casa! Como eu gostava que ele olhasse
para mim e me sorrisse com aquele sorriso que eu tão bem recordo! Olha para
mim, deixa o jornal e deixa-me fixar os meus olhos nos teus!
Ás vezes penso que provavelmente ele deve
ter arranjado uma amante, por um lado até entendo, ao longo dos anos fiquei
mais velha, mais gorda, o corpo deformado.... é natural que ele já não se sinta
atraído por mim! Mas porque não o confronto? Não que tivesse tal ousadia, mas
tenho medo de qual será a sua resposta e por isso continuo na ignorância. E
pronto... aqui estou sentada no canto da sala a falar comigo mesma... Cheira-me
a queimado... o frango meu deus!”
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