sábado, 14 de dezembro de 2013



A janela

Todas as noites, por volta das dez horas, vou até à janela da minha sala. Pode dizer-se que a minha casa não é um palácio, ou até mesmo que não está muito bem decorada, mas não há quem cá tenha vindo e não tenha reparado nesta janela. Primeiro, porque ocupa ainda uma grande parte de uma das minhas pequenas paredes da sala e segundo, porque o que se vê para além dela é absolutamente maravilhoso. A vista da minha janela sobre toda a cidade é a única vantagem de viver no último andar de um prédio com uns cem degraus e nenhum elevador.
Quando o meu marido chega a casa, depois de um dia de trabalho, dá-me um beijo e em seguida junta-se a mim a observar a paisagem. Mais tarde ele senta-se à mesa e lê o jornal enquanto eu lhe toco no piano a melodia que ele mais aprecia.



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