quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Apresentação Oral do Livro "Orgulho e Preconceito", de Jane Austen


O romance gira em torno da família Bennet, cercada pelas pressões para que as suas cinco filhas arranjassem casamentos favoráveis, já que não teriam direito à herança depois da morte do seu pai por serem mulheres. A história começa quando um jovem solteiro, Mr. Bingley, se muda para a propriedade de Netherfield, nas redondezas do Hertfordshire, onde vivia a família Bennet. Convidado para um baile, aparece acompanhado pelas suas irmãs e de um amigo, Mr. Darcy. Bingley interessa -se por Jane Bennet, a mais velha das irmãs, mostrando-se simpático e cordial para com todos da região, enquanto Darcy é considerado snobe e arrogante por todos, especialmente por Elizabeth.
Jane é, em seguida, convidada para visitar as irmãs de Bingley, mas durante a visita adoece e acaba por ter que permanecer em sua casa por alguns dias. Elizabeth, preocupada com o estado de saúde da irmã, vai visitá-la e fica ao seu lado até que esta melhore. Durante os dias em que as irmãs Bennet permanecem em Netherfield, as irmãs de Bingley criticaram constantemente a audácia e da falta de decoro de Elizabeth; Mr. Darcy, por sua vez, fica cada vez mais interessado pela sua personalidade peculiar.
De regresso a casa, a família Bennet recebe a inesperada visita de Mr. Collins, um parente que teria direito à propriedade da família após a morte do pai, Mr. Bennet. Procurando amenizar a questão da herança, Collins propõe Elizabeth em casamento, que o recusa prontamente por considerá-lo pomposo e patético. Charlotte Lucas, a melhor amiga de Elizabeth, mostra-se interessada em Mr. Collins aceitando casar com ele para garantir sua estabilidade financeira. Nessa mesma época, Elizabeth conhece Mr. Wickham, um membro do exército por quem sente uma irresistível atração. Wickham e Elizabeth tornam-se amigos, e Wickham conta como Mr. Darcy o havia cruelmente excluído da herança deixada pelo pai de Darcy, o que aumenta o desprezo de Elizabeth pelo rico herdeiro.
Os Bingley retornam a Londres para desgosto de Jane. Elizabeth decide visitar Charlotte  no seu novo lar, que fica próxima da casa de Lady Catherine de Bourgh, patrona de Mr. Collins e tia de Darcy. Repentinamente, Darcy aparece para visitar a sua tia, passando a encontrar-se com Elizabeth com frequência. Para completa surpresa de Elizabeth, Darcy propõe-lhe em casamento, não sem antes enfatizar que não estava no uso de sua razão por aceitar uma mulher de um estrato social inferior. Elizabeth recusa-o, acusando Darcy de ser prepotente e desagradável e de ter afastado Bingley de sua irmã, além de ter desprezado os desejos do pai a respeito da herança que devia ser destinada a Wickham. Consternado pela sua recusa e pelas suas acusações, Darcy escreve uma carta a Elizabeth na qual revela seu verdadeiro caráter, deixando claro que Wickham havia mentido.
Algum tempo depois, numa viagem aos lagos do norte com os seus tios, Elizabeth acaba por conhecer Pemberley, a mansão de Darcy. Inesperadamente, o próprio Mr. Darcy retorna à propriedade e mostra-se cordial e amigável para com Elizabeth e para com os seus tios, para  sua surpresa. A impressão  de Elizabeth acerca de Darcy naquele momento já se mostrava bastante diferente de quando o conhecera, mas a sua viagem teve de ser bruscamente interrompida quando esta recebe uma carta a avisar de que a sua irmã mais nova, Lydia, havia fugido com Wickham sem se casar. Darcy fica a saber do ocorrido, vai à procura do casal e acaba por convencer Wickham a  casar-se com Lydia.
Bingley e Darcy retornam a Netherfield e o primeiro pede Jane em casamento. Tendo ouvido rumores sobre o afeto de Darcy por Elizabeth, Lady Catherine de Bourgh faz-lhe uma visita, procurando dissuadi-la a se casar com Darcy dada a diferença de classe que os separava. Elizabeth recusa-se a prometer que não se casaria com ele e Darcy, ao saber da reação de Elizabeth, retorna a vila e pede-lhe em casamento novamente, sendo aceite desta vez para surpresa geral.
Na minha opinião este romance gira em torno da questão do casamento. Elizabeth defende a necessidade de escolha e do amor para se casar, enquanto outras personagens, como sua amiga Charlotte, evidenciam o interesse financeiro como a base para essa relação. Embora questões referentes ao dinheiro e à herança nunca saíam do seu horizonte, Elizabeth não as coloca em primeiro plano, afirmando que o casamento deveria-se pautar pelos sentimentos e desejos dos cônjuges. 
Tendo em vista que a protagonista, Elizabeth, defende o seu ponto de vista, podemos inferir que também Austen defendia o valor do indivíduo como ser racional, capaz de tomar decisões e fazer as escolhas que melhor lhe aprouvessem. Todavia, Austen canaliza esse valor para suas personagens femininas. São elas, portanto, que, abandonam a concepção tradicional de casamento, valorizando sentimentos como o amor, a amizade e a afinidade. Isto não significa que as mulheres deveriam fazer uma escolha cega, baseada puramente na paixão, pois isso poderia levar a uniões repentinas e infelizes como no caso da impulsiva Lydia Bennet com o falso Mr. Wickham. As mulheres deveriam procurar um equilíbrio entre a razão e os sentimentos, através do uso do bom senso e da boa educação, o que lhes possibilitaria alcançar um casamento feliz e satisfatório.


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