quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Eutanásia

A eutanásia é uma medida levada a cabo por um responsável médico que permite que um doente com uma doença terminal ou em estado vegetativo irreversível,  não receba tratamento médico, ou seja mesmo induzida a sua morte. A legalidade deste ato é muito discutida e este é um tema muito controverso, pois está em causa o valor da Vida Humana.
Porém, estará certo existir uma proibição legal, no que toca ao direito de escolha da pessoa, em relação à sua própria vida?
Cada individúo dá o respetivo valor à sua vida, e tem liberdade para decidir o que fazer com a mesma (isto é, até que tal interfira com a liberdade de outros). Estando uma pessoa em sofrimento permanente e prolongado, não será admissível que a mesma possa escolher um destino mais confortável e digno para si ? Alguém com uma doença terminal, ou em estado vegetativo irreversível, internado num quarto de hospital , vivendo um dia após o outro, apenas estando à espera da morte, é considerado viver? É considerado, sequer, Humano?
Se um individúo, no pleno uso das suas faculdades mentais, manifestar de forma clara e inequívoca o desejo de pôr fim à sua própria vida, num local seguro, de uma forma segura e indolor, acompanhado por profissionais de saúde e familiares, porque não pode optar por esse destino? Acontece que este procedimento, apenas está descriminalizado em dez Estados no mundo inteiro. Na Alemanha, Suíça, França, Bélgica,Holanda, Suécia, Luxemburgo, Áustria, Israel e Uruguai é legitimo uma pessoa decidir se prossegue ou não com a sua vida, nos casos citados acima. 

A proibição da eutanásia não invalida nem impede o suicídio. Até o incentiva de certa forma. Aquele que, vivendo com profunda dor e sofrimento, se vê impedido de pôr termo à sua vida de uma forma indolor e mais “pacifica” , não optará o mesmo por fazê-lo de outra maneira?

Não será a proibição da Eutanásia, equiparável à tortura? Pois se alguém que viva numa extrema agonia, dor e sofrimento permanentes, e não lhe for permitido pôr fim às mesmas, não será uma certa forma de tortura?

Perante isto, conclui-se que seria aconselhável, senão mesmo, necessário uma alteração da legislação vigente, no que toca à eutanásia. Algo que para muitos é indiferente, mas que para poucos faz uma diferença tremenda no que toca à sua honra e dignidade.


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