quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Tópico de Concordância - Programas De Ocupação de Tempos Livres

Com o fim do ano letivo, todos os estudantes ficam êxtase. É o fim das tardes perdidas a estudar, do “levantar cedo e cedo erguer”, a correria de entregar os trabalhos no prazo previsto... Férias sinónimo de descanso! O Verão traz consigo aquilo porque esperamos o ano inteiro: o sol, as boas temperaturas, as noitadas com os amigos, os dias passados na praia ou na piscina ou até mesmo saborear a doce sensação de não ter nada para fazer.

A ânsia pelo divertimento às vezes pode levantar certas questões... sobretudo de carácter financeiro. Vivemos numa época em que as dificuldades financeiras são uma  realidade; o desemprego aumenta, o salário nem sempre é o suficiente para pagar as despesas. Vemos os nossos pais a serem obrigados a trabalhar mais horas pelo mesmo preço, e a terem de se esforçar para de certo  modo conseguir realizar os nossos mais variados caprichos, não é por má vontade,  mas às vezes não conseguem mesmo.

 O que fazer quando o financiamento é limitado? A melhor solução é arranjar um emprego de verão. Segundo a legislação portuguesa a idade mínima de admissão para prestar trabalho é a partir de 16 anos. Os trabalhos de verão são ótimas ideias para quem tem tempo livre e não o quer desperdiçar, para quem não tenha experiência profissional e assim a deseje adquirir  mas também para quem espera a partir dessa experiência “poder ganhar algum”.

Á primeira vista a ideia pode parecer desmotivante, mas se olharmos bem, poderemos encontrar vários aspetos positivos.

Mesmo que que a função não tenha nada a ver com aquilo que desejamos fazer no futuro, como experiência pessoal é muito enriquecedor. Conhecemos novas pessoas, aprendemos a conviver com elas e habituamo-nos ao tipo de relações laborais. Ao conhecer novas pessoas temos sempre a possibilidade de fazer novos amigos ou bons contactos que podem ser úteis no futuro.

Aprendemos a dar valor ao dinheiro. Com este tipo de trabalho, ganhamos um bocado de independência financeira e apercebemo-nos o quanto “ele” custa a ganhar e aprendemos também a importância de “o” saber poupar. Evitamos de recorrer aos pais cada vez que precisamos de dinheiro, por exemplo, cada vez que queremos ir ao cinema com os nossos amigos. Por sua vez, os pais poderão a olhar para nós de outra maneira, como uma espécie de “mini-adultos” que não têm medo de arregaçar as mangas e de lutarem por aquilo que querem e que se esforçam para se tornar cada vez menos dependentes.

Existem muitos tipos de programas que as Câmaras Municipais ou Juntas de Freguesia disponibilizam, trabalhos temporários que podem ou não ser renumerados. Um dos muitos programas que as Câmaras De Cascais e Oeiras disponibilizam são o programa Maré Viva e Jovens em Movimento respetivamente. Têm como objetivo contribuir para a preservação de espaços públicos como praias, jardins e ruas do conselho e a sensibilização ambiental através da sua limpeza. Funciona como uma forma de alertar as pessoas para a gravidade dos problemas ambientais e a forma como têm andado a aumentar, a forma como andamos a tratar do nosso planeta. Na esperança de conduzir as pessoas a uma mudança das suas atitudes, levando-as a pensar “O que será do futuro do nosso planeta se nada fizermos?” ou “Que tipo de mundo deixaremos aos nossos filhos?”.

            Como tudo, tem as suas desvantagens. Teríamos um horário fixo de trabalho, a renumeração poderá ser inferior àquilo que esperávamos, teríamos de renunciar a compromissos, sendo cada vez mais populares a aspiração a determinados programas é cada vez mais difícil... Só resulta se olharmos a longo prazo, e se assim o fizermos, quando chegarmos ao fim, veremos o quanto valeu a pena!




           


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